Batistas Contextualizados no Brasil


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A BANALIZAÇÃO DO CULTO

Fico estarrecido ao perceber pastores defendendo a ideia de contextualização cultural dos cultos apresentados nas igrejas hoje.
É fato que nossos cultos sofreram influências diversas ao longo do tempo. Todavia, isto não é, em absoluto, razão para que nos justifiquemos na desenfreada busca por inovações ainda maiores. O movimento carismático, por exemplo, deixou em nosso meio marcas praticamente indeléveis. E, muito embora em nosso meio dificilmente se levante alguém para dizer que este movimento é de Deus (e se o fizer não deve se conservar fora de seu “habitat”), a maioria tem aceitado as inovações trazidas por este movimento para o nosso meio, como traços de contextualização cultural. Neste caso, suplico aos que assim o fazem, que em nosso Brasil, aceitem logo em suas igrejas o carnaval, o frevo, as festas juninas e tantas outras manifestações culturais que são realmente a cara do nosso povo. Não há nada mais cultural no nosso país que isto, a não ser a cultura de homens que têm outras mulheres e, culturalizando-se agora, mulheres que tem vários homens. Por que se defende por exemplo, o uso de ritmos africanos criados para o culto de deuses estranhos, mas não se aceita (muito embora já não estejamos longe disto em algumas igrejas) pular carnaval pelado dentro do templo dizendo louvar a Deus com isto?
Justificar-se dizendo que os nossos cultos hoje são de herança cultural dos europeus e norte-americanos não vale. Ainda que seja isto verdade (não estou dizendo que é, muito embora admita que traços culturais possam ter sido incorporados), aplica-se aqui a regra estabelecida pelo Espírito Santo por intermédio de Paulo: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?”. Se elementos estranhos ao culto cristão foram introduzidos em nosso meio por influência das culturas por onde passaram, não seria necessário agora que estivéssemos preocupados em identificarmo-los para nos livrarmos dos mesmos ao invés de acrescentarmos ainda mais elementos estranhos ao nosso culto? O fato de sermos pecadores, não nos assegura direito para pecarmos ainda mais.
O fato é que queremos fabricar um Deus conforme a nossa própria imagem. Um Deus sem preferências e que é obrigado a aceitar aquilo que nos é agradável. A lei que vale realmente é de que: “eu me sinto bem com isto”. Lembrando as palavras de um pastor amigo, nada é mais prazeroso ao ser humano do que o pecado. Não fosse assim, e não seria necessário tanta exortação bíblica. Tiago afirma que o pecado é o produto de nosso desejo. Muitos cultos hoje têm sido, não mais que meros produtos de desejos pessoais sem nada terem que ver com a vontade de Deus, pois esta não interessa, ou não existe para muitos. Sob o pretexto de contextualização cultural, vários elementos estranhos têm sido introduzidos no culto, tornando o mesmo em culto falso ao Deus verdadeiro.
A afirmação de Jesus de que o culto prestado tem de ser em espírito e em verdade, não tem valor algum. Qual espírito? Qual verdade?
Um dos grandes males do nosso tempo certamente é o da relativização das coisas, sobretudo da verdade. A ideia de que a verdade é relativa é o mais pernicioso engano disseminado por Satanás. A oração de Jesus ao Pai declara: “a tua palavra é a verdade”. Mas onde está a preocupação dos “adoradores” de hoje com esta verdade? Foi de todo excluída em nome de uma suposta liberdade cultual que, dizem alguns, ter sido estabelecida por Jesus e pelos apóstolos, tornando-os assim em anarquistas no reino de Deus.
O apóstolo Paulo faz este apelo aos nossos corações: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Mundo aqui é a palavra grega “aion” que se traduz por época, ciclo, era, eternidade. Outra tradução traz século. Mas que era é esta a que Paulo nos exorta a não nos conformarmos (ou tomar a forma)? É o mundo, ou o século, ou a era, ou ainda a época atual do caos na qual o deus dela é Satanás (2 Coríntios 4:4). Satanás é o príncipe desta era (João 16:11) da qual somos exortados a não nos amoldarmos.
Contextualização, quer seja ela cultural, ou de qualquer outra natureza, é um convite ao passado, aos tempos de escravidão como o povo desejoso de voltar ao Egito dominado pelo deus Faraó (Satanás).
Apenas como exemplo, cito aqui a ordenação de "pastoras". Com a desculpa de contextualização da Palavra de Deus, muitos tem se perdido transformando o Espírito Santo de Deus e aqueles que foram instrumentos dele na proclamação de sua Palavra em fracos e tem sido loucos por dizerem ainda acreditar em um deus (com "d" minúsculo mesmo) que segundo eles, acovardou-se diante de uma sociedade dominada por Satanás, não sendo capaz de expressar a sua vontade camuflando-a para não ofender aqueles que detinham o poder e não aceitavam a liderança das mulheres na igreja.
O Deus que enviou seu servo Moisés para desafiar a Faraó, que mandou seu recado a Acabe e Jezabel por meio de homens frágeis como Elias e Micaías, que condenou publicamente o pecado de Herodes por intermédio de João, que desafiou o poder de Nabucodonosor por meio de homens de oriundos de uma nação tão insignificante como Israel, mas ainda sobretudo, o Deus que criou todas as coisas e que sobre elas jamais deixou de dominar, agora acovarda-se diante de suas criaturas e não é capaz de sequer uma palavrinha para dizer-lhes que queria que mulheres também pudessem exercer a liderança sobre a Sua Igreja.
Jesus foi capaz de desafiar a cultura corrente e dirigir-se a uma samaritana, sendo ele judeu, mas não teve coragem para desafiar esta mesma cultura para escolher uma destas mulheres (muito embora recebesse delas sustento (Lucas 8:1-3) para ser apóstolo ou mesmo para que exercesse qualquer tipo de liderança em Sua Igreja, sendo o próprio fundador desta. Realmente seria incoerência total da parte de Deus, destruir algo a que Ele mesmo induziu o ser humano, quando criou o homem como cabeça e mesmo em um povo com leis totalmente estabelecidas por Ele, não se preocupou em defender o suposto lugar pretendido pelas mulheres na liderança do Seu povo. Isto é só mais uma das inúmeras distorções criadas pela famigerada contextualização. 
A contextualização é perniciosa, porque relaciona-nos com o mundo que é de Satanás.  O verdadeiro servo de Deus deve contextualizar-se com a Palavra de Deus e com seu Mestre: “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.” “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.”
Lutemos pois para preservarmos o que nos resta de identidade com o Mestre.
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor.”
Procuremos saber a origem das práticas cultuais de hoje e não nos surpreendamos se descobrirmos que a maioria delas originaram-se no espiritismo e nas religiões pagãs e de ocultismos, ou ainda em elementos do culto de Israel que já não têm qualquer sentido para nós que estamos debaixo da graça. Será que Deus não se ofende com tamanho descaso dos "cultuadores"?
Não tenho a intenção de ofender a ninguém, mas não posso deixar de expressar-me frente a isto.
Plagiando o meu querido irmão Pr. Wilson Franklin, Deus se preocupa tanto com a forma de ser cultuado, que em 3 capítulos registrou a história da criação, mas em 40 dedicou-se a estabelecer os preceitos para o culto de Israel.
Não menosprezemos a vontade de Deus em nome de uma contextualização descabida nas Escrituras. A Igreja verdadeira de Jesus, que está edificada e firmada nEle, é e sempre será contracultural, porque não é deste mundo, muito embora milite nele.
Fomos resgatados com tão alto preço, que não podemos reputar por nada o preço que foi pago. Avancemos na evangelização, até mesmo daqueles que sob o epíteto de batistas sequer ouviram falar de salvação eterna. Sim, meus amados. Temos aqui, membros que vieram de igrejas batistas da CBB, modernas e contextualizadas, mas que por anos a fio, nunca se preocuparam em falar para estes irmãos o que realmente lhes era importante. Eram pessoas atormentadas pelo terror da insegurança e pelo medo terrível de terminarem no inferno, por nunca terem ouvido de seus “pastores” que Jesus salva eternamente pela graça o pobre pecador. São pessoas que Satanás tem mantido privadas do verdadeiro evangelho, por estarem escondidas em igrejas que estampam a mesma tabuleta que nós. Não estou afirmando que todas as igrejas com inovações cultuais estão em mesma situação, mas sim, que há grande perigo de que se ainda não chegaram a tal ponto, que o façam brevemente.
A oração de Jesus parece-nos que nesta cosmovisão das coisas, deveria ser: "Seja feita a vontade do homem, tanto na terra como no céu."
As expressões corporais pululam os "cultos" hoje em dia sem qualquer preocupação de se são ou não vontade de Deus. E muitos se quer podem ouvir falar deste assunto, porque mexe naquilo que lhes é agradável.
O culto não pode em hipótese alguma, ser mero produto de nossa fértil imaginação, mas sempre um ato de adoração a Deus, com preceitos estabelecidos por ninguém mais senão, o próprio Deus.
Nem mesmo o mundo mergulhado no pecado aceita tamanho desrespeito. Ninguém se apresenta diante de uma autoridade da maneira que acha mais conveniente para si, mas para o Santíssimo Deus, impera a lei do "tá valendo qualquer coisa", como se não houvesse para isto qualquer norma estabelecida. O hedonismo tomou também conta dos cultuadores.
Mas cuidado! Fogo estranho jamais será aceito por Deus, porquanto por Ele não foi ordenado! 
Quando criança eu sempre ouvia dizer que para nós Batistas a Bíblia é a nossa única regra de fé e prática. Constato hoje, com grande decepção, que isto não é verdade. Há muita prática "estranha" às Escrituras, porque esta já não é mais normativa para a prática e, quiçá, até mesmo para a fé.

Que Deus tenha de nós misericórdia
Em Cristo,


Helcias - Pastor da PIB Barreiro de Cima -  MG

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Por que as igrejas batistas brasileiras estão deixando de ser batistas?
Pr Dinelcir de Souza Lima
Vivemos tempos de descaracterização das igrejas batistas brasileiras. Já não conseguimos mais ter uma identificação e não podemos dizer a uma pessoa que está sendo evangelizada para procurar uma igreja batista perto de sua casa porque lá estará aprendendo a Palavra de Deus e estará sendo orientada à prática de um cristianismo autêntico conforme os ensinamentos de Jesus e seus apóstolos. Poderemos estar incorrendo no erro de “empurrar” a pessoa a uma igreja que se diz batista, porém com práticas completamente distanciadas das doutrinas bíblicas.

Hoje vemos cultos “batistas” cheios de gritarias, de falação de línguas estranhas, de derramamento de litros e mais litros de “óleo ungido” sobre pessoas e coisas, de palavras declarativas de poder, de gestos com as mãos para recebimento de poder, de pregações de uma “Palavra de Deus” distorcida, adaptada aos gostos das massas pecadoras e agarradas ao pecado.
Dificilmente se ouvem mensagens de santificação conforme os ensinamentos do Senhor Jesus, ninguém quer pregar reconhecimento de pecado e arrependimento. Há uma intensa atividade para se atrair pessoas para “entrarem para a igreja” através de agrados sociais, atividades lúdicas, ou promessas de uma prosperidade financeira sem limites.

Igrejas “batistas” estão cheias de membros sem conversão. Igrejas “batistas” serão colocadas junto com seus pastores à esquerda do Senhor Jesus no último dia e, surpresos, os seus membros ouvirão o Senhor dizer: Nunca vos conheci, apartai-vos de mim vós que praticais a iniqüidade. Sim, porque o único lugar que restará para aqueles que “entraram” para a igreja sem se converterem será o inferno, o lugar preparado para o diabo e seus anjos.

Por que chegamos a este ponto?

Porque um dia demos lugar ao diabo e ele veio travestido da liberalidade teológica.
De repente nossos Seminários da CBB foram dominados por teólogos liberais que se dedicaram intensamente à disseminação da incredulidade quanto à Bíblia e, consequentemente, quanto ao Senhor Jesus, Deus Pai e Deus Espírito Santo. Não ficaram somente nos Seminários, formando pastores incrédulos, mas avançaram também em nossa Editora da CBB e passaram a difundir a teologia liberal entre os membros das igrejas batistas.

A década de 1980 foi decisiva para isto. Na década de 1990 tudo já estava definido. Nos Seminários já não existiam mais lugares para professores conservadores, crédulos na Palavra de Deus escrita, que eram zombados e alcunhados de fundamentalistas.

Hoje, certamente, os Seminários não contam mais com as bênçãos de Deus. Como poderia Ele abençoar instituições que ensinam que a Bíblia não é a Palavra dEle? Como poderia abençoar instituições que procuram destruir as Escrituras, fruto da Inspiração do Espírito Santo e da dedicação de tantos servos fiéis do passado? Por isto os Seminários buscam se firmarem no marketing, no secularismo, na sociologia, psicologia, pedagogia e outras ciências humanas mutáveis, passageiras e frágeis.
E o que a Teologia Liberal ensina principalmente? Quais são os pressupostos básicos que são ensinados aos batistas hoje?

1. A Bíblia não é a Palavra de Deus. Apenas contém. Cabe ao homem examinar e descobrir o que é ou não é Palavra de Deus (o homem se torna juiz, estabelecendo o que deve considerar ou não conforme os seus interesses pessoais). A Bíblia foi relativizada.

2. A Bíblia contém ensinos ultrapassados e tendenciosos a costumes sociais dos tempos e lugares de cada autor.  Os textos precisam ser contextualizados. O que era pecado no passado não é pecado atualmente. O que é pecado em uma cultura não é pecado em outra cultura. A Bíblia continuou sendo relativizada.

3. Nem tudo que está na Bíblia é verdadeiro. Algumas histórias são fruto de crendices populares, ou fruto da imaginação de escritores, outras historietas inventadas (mentiras) somente a título de ilustração. Naamã não teria sido curado da lepra, o Mar Vermelho não teria sido aberto por milagre de Deus, as águas no Egito não se teriam transformado em sangue, o ferro do machado não teria flutuado, Jesus não teria nascido de virgem, não teria andado sobre o mar, não teria ressuscitado mortos e nem mesmo teria ressuscitado. As parábolas de Jesus são historietas inventadas apenas para algum tipo de aplicação moral. A Bíblia foi considerada um livro cheio de mentiras.

4. Não há o pecado original passado de Adão e Eva a toda a humanidade. Para os teólogos liberais o homem nasce sem pecado e, se permanecer sem pecado, pode ser salvo por nunca ter pecado. Foi inclusive a partir deste pensamento que surgiu nos EUA a Educação Religiosa, que visava ensinar as crianças a viverem sem pecar para poderem chegar à salvação.

5. Jesus não morreu pelos pecados do ser humano, mas somente porque os judeus o levaram à morte por causa toda uma conjuntura política. Crêem que se não há pecado original, não há morte vicária porque cada um tem que se esforçar para viver perfeitamente até alcançar a salvação.

6. Jesus foi apenas um modelo de vida moral perfeita para ser copiado por todos que querem ser salvos. Dedicam-se a ensinar o que Jesus ensinou a respeito do amor ao semelhante com a finalidade de que a sociedade atinja um padrão moral elevado. Crêem que outros líderes religiosos tais como Buda, Gandi, e outros, também foram padrões de moralidade elevados e que precisam ser copiados. Por isso crêem que existe salvação em outras sociedades sem a crença em Jesus Cristo como Salvador, sem arrependimento dos pecados, sem entrega de vida a Jesus.

7. Jesus não voltará para julgar a humanidade. O Apocalipse e os ensinamentos escatológicos de Jesus teriam sido para aquela época, de grandes maldades e devassidões. Crêem que a Igreja há de transformar o mundo (daí nossas Juntas se dedicarem tanto a temas sobre transformação do mundo e impactação de sociedades) e, quando Cristo voltar encontrará a terra transformada e em paz, vivendo um padrão moral perfeito. O mundo, então, não precisará ser destruído.

Tudo isto chegou ao Brasil através de missionários americanos, se enraizou em nossos Seminários e se espraiou por igrejas batistas brasileiras, fazendo com que nos tornássemos uma denominação de incrédulos quanto à Bíblia; de igrejas inoperantes na evangelização verdadeira de anunciação de reconhecimento de pecado, arrependimento e entrega de vida a Jesus; de igrejas e instituições completamente voltadas para a transformação social e dedicadas somente ao ensino moral; dedicadas aos shows para atrair e agradar aos que “entram” para a igreja.

E onde ficam tantas práticas místicas sem respaldo bíblico?

Nenhuma religião subsiste sem o aspecto espiritual. Não existe religião materialista. E como poderiam os pastores se manter em instituições completamente materialistas? As pessoas não satisfariam somente com ensinamentos morais e com ações sociais. Tirada a Bíblia, inspirada pelo Espírito Santo, fica um espaço espiritual completamente vazio. Assim as igrejas batistas estão se transformando em pequenos grupos de religiões animistas com xamãs, fetiches, rituais de purificação, tabus, evocação de espíritos, totens, etc.
A Teologia Liberal tirou a Bíblia, tirou a salvação pelo sangue de Jesus Cristo, e fez as igrejas batistas se transformarem em instituições religiosas semelhantes aos centros espíritas, ou ao catolicismo, cheias de boas obras, sem salvação, e cheias de misticismo que passa longe das Escrituras.

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A CALAMIDADE DE “RELIGIÃO” EVANGÉLICA
Pr Messias Santos
Judas em seu curto livro faz sérias advertências a igreja de sua época, mas suas advertências encontram ecos em nossos dias. Muitos em nome da relevância para o tempo atual deturpam as verdades das Escrituras com o propósito de dar entretenimento a bodes ao invés de alimentar as ovelhas, assim sendo, nossas igrejas estão cada vez mais fracas, e as verdadeiras conversões cada vez se tornam mais escassas. O que temos na verdade são muitos “membros não regenerados”, pessoas que não nasceram de novo, mas que estão no nosso meio se “banqueteando nas nossas festas de fraternidade”, são “nuvens sem águas”, “rochas submersas”.
A calamidade da “religião” evangélica se da pelo fato de que muitos cristãos verdadeiros se calaram diante das atrocidades cometidas por pastores e líderes em nome da relevância para o contexto pós-moderno em que vivemos. Falta-nos olhar para a advertência de “batalhar pela fé uma vez por todas entregue aos santos”, nossa batalha pela verdade deve nos levar a bater de frente contra esse sistema mundano que tem tomado conta de nossas igrejas. Sabemos, é claro, que se formos fiéis as Escrituras seremos abandonados por muitos, chamados de radicais, xiitas, ultrapassado, entre outros termos.
Somos conclamados a lutar pela fé evangélica, pela sã doutrina, desmascarando os mestres do erro, verdadeiros mensageiros de Satanás com o propósito de destruir a verdadeira igreja, minando a sua força, e o resultado é que ao invés de se tornar relevante, ela está cada vez mais parecida com o mundo e, portanto a “religião” evangélica esta cada vez mais mundana. E nós que somos os porta-vozes estamos nos calando, nosso desafio é lutar! Lutar! Lutar! Assim descrevo a seguir as exortações de Judas a nós que temos a incumbência de pregar a verdade.
A.        Considerar o ensino apostólico
Judas vem mostrar aos seus leitores a importância das palavras dos apóstolos, ele inicia novamente usando a expressão “amados” lembrem-se das palavras proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo.
Judas quer que eles recobrem na sua memória as palavras proferidas pelos apóstolo, que ele em seguida mostra, “que falaram continuamente a vós, que surgiriam zombadores nos últimos tempos que seguiriam seus desejos ímpios de si mesmo, são esses os que causam divisão entre vocês, seguem a vontade mundana de suas almas e não tem o Espírito”. Destas palavras proferidas pelos apóstolos eles deveriam se recordar, não havia nada de novo apenas uma reprise de um filme, velho e conhecido, simplesmente com novos atores.
1.         Os apóstolos já haviam predito a presença dos falsos mestres
Não só nesta situação, mas por inúmeras vezes os apóstolos predisseram a presença de falsos mestres, como lobo vorazes, tentando destruir a fé genuína dos cristãos. Eles não podiam simplesmente ir para a batalha sem considerar o que os apóstolos já haviam dito, portanto a questão é que eles deveriam ter em mente o que foi falado através dos apóstolos. Eles sabiam que seria assim por toda a história da igreja.
2.         Os apóstolos advertiam continuamente contra os falsos mestres
Os apóstolos atuaram ativamente no processo de transição para o início da igreja, e a ideia que Judas quer passar é que por várias vezes e de muitas maneiras os apóstolos advertiram a igreja com relação a atuação dissimulada dos mestres do erro, com a intenção descarada de destruir a igreja. Os falsos mestres não atuavam simplesmente pelo prazer de destruir a igreja, mas tinham o intuito de ganhar proeminência no meio dos cristãos, objetavam lucro, poder, autoridade e com isso tornavam-se cada vez mais egoístas e donos de si mesmo assumindo uma posição que não lhes era de direito. Eram verdadeiros mercenários.
O que Judas quer é que os seus leitores lembrem o que foi anteriormente proferido em relação a este tipo de pessoa pelos apóstolos no correr do início da igreja, não só para eles, mas também, as diversas advertências que constam nas escrituras durante o período apostólico para outras comunidades.
Pois os falsos mestres mudavam apenas de roupagem e nome, mas o intuito final era o mesmo, as atitudes perniciosas e destruidoras eram as mesmas, não havia novidade para os leitores desta carta de Judas. A mensagem é simples relembrem tudo o que já ouviram em relação a estes mestres do erro.
3.         Os apóstolos conheciam o caráter dos falsos mestres
a.         Causam divisão
O que Judas está dizendo é que estes homens causam facções na igreja, o que é uma prática comum dos falsos mestres, eles nunca caem sozinhos, sempre querem levar consigo mais algumas pessoas. É sempre um fator de problema no seio da igreja, e era justamente o que estava acontecendo ali naquela comunidade.
b.         Seguem a vontade mundana
São sensuais, de mente mundana, seus pensamentos já estão por total cauterizados, dominados pelo mal, são homens completamente ímpios e maliciosos, não têm domínio sobre suas vidas, pois se entregaram as desregradas paixões de sua mente mundana.
c.         Não tem o Espírito
O apóstolo Paulo disse na sua carta aos Romanos que “aquele que não tem o Espírito de Deus este tal não é Dele”, Judas na sua advertência aos verdadeiros crentes, aponta para a principal causa da vida desregrada destes homens, eles não eram crentes, aqui Judas atesta que estes falsos mestres não eram salvos e de fato sequer poderiam um dia encontrar a graça de Cristo, pois eles foram preordenados desde a eternidade para receberem o seu merecido castigo.
B.        Guardai a Si Mesmo
Manter-se no amor de Deus era permanecer na graça, olhar constantemente para o Senhor e não deixar-se abater pelos falsos ensinos dos mestres do erro. O amor de Deus era como uma redoma, que impediria a força da entrada dos ensinos dos mestres do erro. E para guardar-se no amor de Deus Judas dá três formas para isso, edificando-se a si mesmo na fé santíssima, orando no Espírito Santo e aguardando a misericórdia de Jesus Cristo nosso Senhor.
1.         Edifiquem-se a si mesmos na fé santíssima
Para manter-se no amor de Deus é necessário edificar-se na fé santíssima. Somente desta forma os cristãos daquela comunidade poderiam estar prontos para batalhar pela fé entregue aos santos. E é justamente por esta fé que devemos batalhar, que também é a fé que pela qual somos edificados, é o corpo de verdades, ensinado pelos apóstolos, é a defesa desta fé, é construir sobre esta fé. Desta forma, edificar-se é construir uma base sólida sobre a fé que foi entregue aos santos, é manter-se leal a verdade revelada. Judas conclama seus leitores a batalharem pela fé, que é base sólida da vida destes crentes, que é o corpo das verdades que lhes foram dados por homens de Deus, diferentemente dos mestres do erro, que não tinham onde se segurar, não tinham nenhuma verdade, e construíram sob uma base falsa, que quando revelada não encontrariam base para sua sustentação.
2.         Orando Sempre no Espírito
A batalha pela verdade, pela fé, não pode ser vencida por argumentos ou por uma luta corporal, mas através da oração, a força que move a vida do cristão, a oração unida ao conhecimento das verdades reveladas nos dá a segurança da vitória contra os mestres do erro.
Além de conhecer a verdade da Palavra de Deus, o conjunto das verdades reveladas, ou o ensino apostólico, é necessário manter-se alerta, orando sempre, pois nesta batalha é necessário o conhecimento aliado a fé em união com o Espírito Santo, somente desta forma estaremos aptos para lutar e vencer esta batalha pela fé verdadeira.
3.         Aguardando a Misericórdia de Jesus Cristo
“Aguardando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para que nos leve para a vida eterna.” Enquanto aguardam a misericórdia de Nosso Senhor Jesus Cristo, e que por esta misericórdia nos leves a eterna glória, que neste caso os libertaria de qualquer luta contra o falso ensino. Essa é a esperança, para que continuemos nessa luta, a misericórdia que nos dá esta esperança de continuar a vida cristã, ou seja, continuem nesta batalha até que Cristo os resgate, os leve para a glória eterna, livrando-os de qualquer mestre do erro.
C.        Compadecei-vos
Judas ordena a igreja a que se compadeçam dos que ainda estão na dúvida, Judas não quer que a igreja os condene, mas que se compadeça, destes que ainda não tem certeza de onde está verdade. É realmente a necessidade de se ter compaixão dos que estão na dúvida. É uma atitude de ajuda aos que estão fracos na fé e precisam se firmar, e deixar de lado os ensinamentos falsos mestres, são pessoas que não tem convicção.
Por isso Judas dá uma ordem explícita aos que estão firmados na fé, não é só uma necessidade, mas é uma obrigação dos crentes de ensinar o caminho correto, evitando assim que os pensamentos dos mestres do erro fossem totalmente inculcados nas mentes destes que estão vivendo em dúvida com relação da verdade e do erro.
D.        Salvai
E por fim Judas termina sua exortação as crentes com mais alguns desafios, imperativos, para a saúde daquela comunidade. “A outros, vós, salvai arrebatando-os (libertando, livrando) do fogo, a outros, vós, mostrem misericórdia, em temor, detestando (odiando) até mesmo a roupa manchada pela carne.” Judas vem dar suas palavras finais de exortação aos crentes, incumbindo-lhes de algo grandioso, eles deveriam salvar aqueles que estavam se perdendo, são ordenados a trabalhar em prol de resgatar os que estavam se perdendo em direção ao fogo. Estas pessoas a quem Judas se refere estão a beira da destruição e necessitam urgentemente de que alguém lhes abra os olhos, para poderem enxergar a destruição que estava reservada para os desobedientes, que estavam se afastando da graça de Deus para seguirem os falsos ensinos.
Salvai-os arrebatando-os, ou livrando-os do fogo, a idéia que Judas quer passar é que a ação dos verdadeiros crentes, deveria ser em prol destes que estão sendo levados para o fogo, aqui pode ser uma alusão a destruição de Sodoma e Gomorra, salvais alguns desta mesma destruição, ou seja, Judas sabia que no meio daqueles que estavam sendo levados pelos falsos ensinos, haviam alguns que podiam ser salvos.
Assim Judas conclama aqueles que estão guardados no amor de Deus, a apresentarem a verdade e resgatar alguns que estão se perdendo, esta é a batalha na qual eles deveriam estar engajados, pois os falsos ensinos estavam se proliferando naquele meio, e eles tinham a responsabilidade de evitar um enorme desastre na vida daquela comunidade.
“A outros mostrem misericórdia em temor, detestando até a roupa manchada pela carne.”
Aos outros apesar de qualquer coisa, deveria ser mostrado misericórdia em temor, porque mesmo mostrando misericórdia deveria haver temos, pois a atração pelo pecado poderia levá-los a caírem também, o que Judas está tentando passar é a ideia de que se deve mostrar compaixão, mas não se pode ser levado pelo erro.
Esta questão de mostrar misericórdia, em temor, de testando a roupa manchada pela carne, pode apontar para duas coisas pelas quais Judas estava querendo dizer. (1) Judas pode estar se referindo aos falsos mestres que ao contrário, dos que ainda podiam ser salvos, não tinham mais jeito para sua situação, por isso a única coisa que os crentes poderiam ter deles é misericórdia e nada mais, pois suas roupas estavam manchadas pelo pecado.
(2) Pode-se ainda crer que Judas estava dizendo para que os crentes tivessem misericórdia de algumas pessoas que apesar já estarem tão envolvidas no pecado e dominadas por ele, ainda eram passíveis de ser alcançada pela graça de Cristo, pois a mancha ainda era “superficial” (na roupa, que pode significar que ainda não tenha cauterizado suas mente, precisavam apenas de ouvir a Palavra e mudar seus rumos, ao contrário dos falsos mestres, que já estavam contaminados por completo), poderia ainda ser retirada com graça de Cristo Jesus.
Mas as atitudes desses homens, também eram atitudes perversas e por isso Judas diz para terem cuidado na misericórdia, e detestar, realmente odiar, até a menor mancha de pecado na vida destas pessoas. A ideia é que estas pessoas também estavam envolvidas nos pecados mais sujos que se possa imaginar. Haviam aceitado o falso ensino, e somente a misericórdia poderia livrá-los desta perdição. Judas mostra sua preocupação com os crentes, para que eles depois de terem ouvido lido tudo o que ele escreveu não venham a se misturar com os falsos mestres, ou permitirem que eles continuem dominando a situação naquela comunidade.
Desta forma Judas termina sua exortação aos crentes, tendo em mente que eles não podiam se desviar da verdade, mas sim permanecerem no amor de Cristo, firmados e alicerçados, defendo e confirmando a verdade revelada por Deus e não os falsos ensinos, dos falsos mestres. Pois Judas sabia que a perseverança na verdade iria levá-los a uma vitória cabal, e por fim nos falsos ensinos que somente desviavam as pessoas do caminho da verdade.

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OS ÍMPIOS QUE SE INTRODUZEM NAS IGREJAS DE CRISTO
Baseado em Judas 11                                                          Pr Dinelcir de Souza Lima

Homens sem temor reverente a Deus, homens ímpios, sempre se introduziram nas igrejas de Cristo e nunca se apresentam como são de fato, porém procuram passar por discípulos verdadeiros de Jesus. Quase sempre conseguem em parte, e até conseguem enganar a muitos, mas as suas características interiores e atitudes irreverentes para com Deus sempre os denunciam.
Quando escreveu este trecho da sua carta, Judas tinha por objetivo alertar aos crentes para as características que marcam quem são realmente, sem as camuflagens e para a necessidade de avaliação dessas características, com a finalidade de não se deixarem levar pela influência maléfica que conseguem exercer.
1. SÃO PESSOAS QUE ENTRAM PELO CAMINHO DE CAIM - Gênesis 4.1-10
Para uma perfeita compreensão dessa referência de Judas, precisamos retornar ao que a Bíblia registra a respeito de Caim, e avaliarmos o que Judas chama de caminho. O caminho de Caim foi uma seqüência de atitudes que o levaram ao afastamento completo da comunhão com Deus e à formação de uma família também afastada.
a) Ele começou deturpando o culto a Deus. Muitos argumentam que seu culto estava correto e que poderia ser aceito por Deus, mas o texto bíblico mostra claramente o contrário. Se Deus não aceitou o culto é porque era imperfeito. Tanto assim que, na sua exortação, Deus diz para Caim: "Se fizeres bem (yatab, no sentido de ser bem feito, ou ser feito de modo que agrade), não haverá aceitação para ti?" Deus não aceitou o culto porque estava sendo feito de maneira errada. Estava sendo realizado conforme a própria vontade e forma idealizada por Caim, estava sendo realizado sem a intenção de agradar a Deus. Caim deturpou o culto a Deus porque foi indiferente para com a vontade de Deus e foi indiferente porque não tinha temor a Deus.
Hoje homens ímpios que se introduzem nas igrejas, também começam pelo culto que sempre foi tão importante no relacionamento do homem com o seu Criador. Manifestam a falta de temor reverente criando formas irreverentes de culto, manifestam falta de temor realizando e ensinando a realização de cultos que são somente para agradar ao próprio homem, formas de culto que não tendo o sacrifício do Cordeiro de Deus como figura central, não têm também o reconhecimento de pecado, de perdição e a gratidão pelo perdão e justificação.  É o começo do caminho da falta de temor a Deus.
b) Depois Caim continuou o seu caminho irando-se contra seu irmão que prestara um culto agradável a Deus. Um sentimento maligno se alojou no coração dele, um sentimento que já era resultado do primeiro sentimento. O que seu irmão tinha a ver com a sua prática de culto rejeitada por Deus? Não havia motivo para a ira de Caim. Mas o afastamento de Deus o levou ao desprezo para com seu irmão. Não é o que acontece hoje também? Homens que são indiferentes para com a vontade de Deus insistem em levar seus semelhantes à indiferença também e, quando não conseguem, se voltam contra os que permanecem cultuando a Deus, em comunhão com Ele, recebendo dEle as bênçãos da vida em comunhão.
c) Na continuação da sua caminhada, Caim não deu ouvidos à Palavra de Deus. Deus falou a Caim exortando-o para que retornasse ao caminho correto. Precisava reconhecer o erro e precisava cultuar de forma acertada. Precisava se arrepender e se converter. Se não o fizesse seria escravo do pecado. Não teria somente praticado um pecado, mas seria escravo. Mas Caim não deu atenção e continuou sua caminhada maligna, dando lugar à sua ira que culminou por se expressar violentamente na morte de Abel seu irmão.
d) Finalmente, Caim selou a sua caminhada em direção às trevas desprezando a autoridade de Deus.Quando interpelado por Deus, requerendo dele uma satisfação quanto ao seu irmão, Caim manifestou o seu desprezo pela autoridade de Deus com uma resposta cínica, vazia de qualquer tipo de sentimento de respeito. Foi amaldiçoado por Deus, foi lançado para fora da face de Deus, foi lançado fora da comunhão com seus irmãos e viveu errante pela terra até a morte.
Os ímpios que se introduzem nas igrejas de Cristo não dão ouvidos, não respeitam de forma alguma a Palavra de Deus. Para eles a autoridade de Deus é nula, a vontade de Deus não existe, mas só permanece a palavra deles, a vontade deles, a autoridade deles.
2. SÃO PESSOAS QUE SÃO LEVADAS PELO ENGANO DE BALAÃO - Números 22,23
Balaão era um homem que conhecia a Deus e que chegou a se expressar afirmando que JAVÉ era o seu Deus (22.18). Pelo que o texto demonstra, era um homem que tinha poder de amaldiçoar e de abençoar, e com o qual Deus conversava. Conhecia a Deus, tinha Deus como seu Deus, recebia poder dEle e sabia que ninguém poderia ir contra a vontade de Deus. Mas desejou o pagamento oferecido pelo rei dos moabitas, Balaque, e colocou-se em atitudes completamente contrárias à vontade de Deus. Quando encontrou o Anjo de JAVÉ na sua frente, escutou as seguintes palavras: "Eis que eu saí para ser teu adversário, porquanto o teu caminho é perverso diante de mim." (v. 12)
Balaão não conseguiu o seu intento porque Deus não permitiu, mas sofreu muito porque pensou na recompensa acima da Palavra de Deus. O apóstolo Pedro, na sua segunda carta, faz referência aos falsos mestres que se introduziram disfarçadamente nas igrejas de Cristo, que fariam dos crentes um negócio, um comércio, usando palavras fingidas (2Pd 2.1-3). Pela palavra utilizada por Judas ao se referir ao pagamento de Balaão (mistos), percebemos que ele fez referência a uma remuneração que era lícita, se o trabalho de Balaão fosse lícito. Mas o salário lícito se torna ilícito diante de Deus se for colocado acima da Palavra de Deus, se ocupar lugar de importância prioritária. Há pessoas que se introduzem nas igrejas de Cristo visando somente a recompensa financeira, fazendo das igrejas um comércio.
3. SÃO PESSOAS QUE PERECEM NACONTRADIÇÃO DE CORÉ - Números 16.1-32
Coré foi um homem que ficou notório por causa da sua rebeldia contra a vontade de Deus que era manifestada na liderança de Moisés, e por causa da sua morte terrível providenciada por Deus. Ele liderou mais três homens (Data, Abirão e Om) para realizar uma rebelião do povo de Deus contra Moisés e Arão, usando elementos da Palavra de Deus como subterfúgio para seus motivos e intenções torpes. Reunindo duzentos e cinqüenta maiorais da congregação do povo de Israel, apresentou-se diante de Moisés e de Arão argumentando o seguinte: "toda a congregação é santa, todos eles são santos, e JAVÉ está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do Senhor?" (v. 3)
Na realidade, como vemos no texto, toda a congregação não era santa e Moisés e Arão não se colocavam acima do povo, porém foram colocados por Deus como líderes do povo. O que Core desejava era ser, por sua própria vontade e providência, o líder sobre o povo. Data e Abirão demonstraram que se rebelaram contra a vontade de Deus reclamando porque foram tirados do Egito e estes sentimentos eram os que estavam por trás de toda aquela movimentação aparentemente bem intencionada para com o povo e bem centrada em uma suposta realidade, a da santidade do povo de Deus.
O resultado foi terrível para Coré e todos os seus liderados: foram tragados pela terra. Ele e os duzentos e cinqüenta que se reuniram com ele sofreram o terrível castigo de Deus.
Por isso Judas alerta aos crentes em Cristo a respeito dos ímpios que se introduzem nas igrejas de Cristo advertindo que são pessoas que desejam estabelecer suas próprias vontades para com o povo de Cristo, que desprezam a vontade de Deus como soberana na vida dos crentes em Cristo, que desprezam a Palavra de Deus como diretriz para a vida cristã. São pessoas que usam de subterfúgios, que fazem citações de elementos estabelecidos por Deus para e com respeito ao seu povo, mas são pessoas que têm seus corações completamente distanciados de Deus.
Concluindo, todo aquele que é crente em Jesus Cristo deve estar alerta com respeito a pessoas que têm estas características: deturpam o culto a Deus, são indiferentes para com a vontade de Deus, ficam iradas contra aqueles que se colocam sob a Palavra de Deus, desprezam a Palavra e a autoridade de Deus, fazem das igrejas de Cristo um comércio e, finalmente, que usam a Palavra de Deus para desviar o povo da própria Palavra de Deus.
Todo crente precisa lembrar que pessoas que assim agem são destinadas à ira de Deus e que sofrerão juntamente com eles todos os que se fizerem discípulos deles.

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